Hoje enquanto estava no transito vi uma criança que andava na rua com seu guarda-chuva brincando, ela pulava e tombava aquilo que seria seu objeto protetor da água para que a chuva caísse sobre sua cabeça.
Eu estava também ali no mesmo lugar, parada e reclamando, mas aquela criança conseguia aproveitar o mesmo momento para brincar e sorrir.
Nostalgia foi esse meu sentimento quando a vi, porque enquanto ela pulava e sorria eu me mantinha carrancuda com os vidros fechados, reclamando da água e da quantidade inenarrável de carros espalhados por essa cidade.
Queria resgatar esse momento em mim, o momento em que consigo resgatar as coisas simples da vida, que consigo brincar na chuva sem me preocupar com o cabelo molhado, a gripe que posso pegar, a hora que devo chegar ou a sujeira da água poluída. Simplesmente fechar os olhos e pular na chuva, beber água das calhas, chutar a correnteza na calçada.
Há tempos que não me deixo levar pelo momento, há tempos que racionalizo tudo, que ajo pelo correto e pelo que deve ser feito.
Queria agir pelo menos uma vez pelo mal feito, pelo inacabado, quero agir como criança que não pensa que faz, e sorri e é feliz!!
Sem caso pensado, sem hora para acabar, só eu e a chuva e meus pensamentos. Meus pés na água, minha cabeça molhada e a força da minha criança interior…
Vá tomar um banho de chuva e vc verá que vai escrever outras tantas histórias como essa com a mente brilhante que tem! Aproveite!
ResponderExcluir