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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

a culpa de ser quem sou

Sempre tive um medo enorme de demonstrar fraqueza e parece que tudo aquilo que vc teme a vida te traz, ela esta o tempo todo esta te testando.
Então humildemente eu assumo a grande fraqueza da minha alma nesse momento, admito minha ingenuidade, minha burrice e talvez só hj pude enxergar q realmente não sei tudo.
Eu passo a vida analisando coisas e pessoas e agora percebo que esse fato é de uma grande arrogância.
Quando estamos no meio da tempestade nao sabemos de nada, pq a razao se oculta e o medo berra em nossos ouvidos.
Eu escrevo muito sobre felicidade, acredito que seja pq transbordo alegria, consigo rir das coisas mais simples, vivo o hoje intensamente.
E essa hoje é minha palavra INTENSIDADE, vejo que nem td mundo consegue lidar com ela, nem td mundo consegue entender essa minha postura de me jogar diante a vida e as coisas.
Para o ponderado e sensato isso beira a maluquice, mas é so um jeito de viver.
Eu amo de verdade, eu vivo de verdade eu sofro de verdade pq ate nisso tem o dedo de Deus.
Na bíblia tem uma passagem que diz que Deus regozijará os mornos, ou a gente esfria ou ferve... não consigo viver sem ferver, sou um misto de emoções ambulante.
Cada um leva consigo sua bagagem e é tão complicado entender nosso funcionamento, para algumas coisas na vida não existem regras.
Hoje eu acordei com a minha verdade bem na minha cara, a verdade de que eu carrego toda a culpa do mundo... carrego a culpa de todos os meus erros, da dor de ser uma completa perfeccionista, e se torturar, procurar sofrimento, alimentar a dor é a maior  dedicação de alguém que quer viver na perfeição.
Sou uma julgadora, dos outros e de mim mesma, eu me sento num pedestal de absolutismo e me coloco na posição de melhor, de mais evoluída e de sabe tudo.
E esqueço que sou imperfeita, e me frustro com os outros, mas muito mais comigo mesma.
Hoje eu decidi desistir das formulas e das regras, decidi deixar de achar que tudo tem sempre a mesma linha de ação e procedimento.
Hoje eu resolvi entender que minha historia é só minha, e que eu erro sim, erro muito, mas  o passado já foi não se volta atrás pra fazer melhor, posso melhorar adiante, posso aceitar minhas fraquezas, minhas inseguranças e meus medos. Posso mostrar pra mim que não sei de nada, que estou em constante aprendizado, e que minha vida é muito mais completa do que posso enxergar.
Ninguem tem culpa de nada, nem eu mesma, o sofrimento é o caminho não a linha de chegada, a aceitação e resignação fazem parte da libertação, mas a culpa só nos trava.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

trovoadas

O tempo e a maturidade vão nos ensinando tantas coisas ao longo de nossas vidas, antes eu sentia um certo pavor de problemas, mas hoje eu aprendi a senti-los como grande solução.
Agora eu espero o sol após as trovoadas e ja aprendi também que esses são os melhores,pois são aqueles que percebemos. Quando o sol nasce igual toda manhã, nem nos lembramos que ele esta lá. Mas depois de um dia que só choveu, relampeou e trovejou é uma grande alegria olharmos para ele pela nossa janela.
Eu aprendo a me conhecer cada dia mais, e nesses dias duros tento tirar minhas maiores lições. Nós somos medo e desejo somos feitos de silencio e som, nós temos luz e temos sombras. E se aceitarmos nossas sombras é muito mais fácil enxergarmos nossas luz.
Sabe aquele frase: Você quer ter razão ou ser feliz? Acho que eu não quero nem ter toda a razão e nem ser 100% feliz.
Eu quero errar e aprender, eu quero cair e levantar, e nunca perder minha essência e meu caráter pois são eles que me dizem exatamente quem eu sou...
Hoje eu sinto que podemos mesmo enfrentar nossas derrotas com a cabeça erguida, mas acredito mais ainda que a humildade precede uma vida justa e digna.
Me sinto em um momento de troca de valores, em deixar pra trás a roupa suja que não me serve mais.
E tudo que mais quero é arrumar meu guarda-roupa interno.
Eu admito que sou pequena e tem horas que não posso mais sozinha.
Eu assumo que falho e meu orgulho pode atrapalhar no meu caminho, mas estou de coração e alma aberta para receber e colher aquilo que eu sempre plantei.
Amor, amor, amor e mais nada.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

lagarta no casulo

Eu não sei se as pessoas costumam fazer uma reflexão de quem elas são realmente.
Mas eu sei que nunca me conheci tanto quanto no último ano. Me voltei pra dentro de mim e confesso que me vi totalmente descompensada, palavra que uso muito para me descrever ultimamente.
E me descompensei mesmo, chacoalhei e me perdi dentro de mim! Havia dias que nem sabia o que estava fazendo acordada fora da cama.
Eu vivi essa revolução, uma guerra dentro de mim. E acredito que foi a primeira vez na vida que não me julguei totalmente, me culpei um pouco sim, mas me livrei das ataduras que me prendiam e preconceitos que me cercavam.
Quando vc sente dor e vê que seu mundo está mexendo você percebe o quanto a vida está te empurrando para a transformação, para a evolução, e a dor, a confusão e o sofrimento fazem parte de todo esse processo.
Me dilacerei, me reprimi me permiti e agora eu vejo que todo esse rito de passagem era para olhar aqui, bem dentro de mim e então me re-enxergar.
Tive picos de euforia, tristeza, melancolia e alegria, me senti quase bipolar.
Mas as coisas vão se encaixando e o turbilhão vai passando.
Renasci mais uma vez, livre dos medos que me prendiam e limitavam.
Agora acho que estou pronta, com a terra arada que venha a chuva, para uma nova plantação renascer.
Por que agora eu me conheço um pouco mais e sei do que sou e não sou capaz!

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O luto

Toda vez que volto a escrever é porque vi, li ou senti algo diferente, que despertou uma sensação fora do comum em mim.
E como não poderia ser diferente sinto nesse momento que tenho que escrever sobre a sensação do luto que paira em minha vida.
Certa vez li um texto do Pedro Bial quando o Bussunda faleceu, em que dizia que a morte nos pega de surpresa, que a morte é um clichê, uma piada.
Realmente ela pega a gente no meio do caminho, ela não espera você se despedir, dizer que ama ou realizar seu maior sonho. Ela não espera você dizer que errou ,pedir desculpas, concluir aquele curso ou pular de paraquedas. Não espera você beijar aquela pessoa especial e nem dizer a alguém o quanto a admira.
Costumo dizer que a vida é agora e por acreditar tanto nisso sou tão intensa nas relações. Eu não sei ser amiga pela metade, ser mãe pela metade ou ser mulher pela metade, eu me entrego de corpo e alma.
Existe um texto do Shakespeare que levo como teoria de vida e diz que devemos construir nossas estradas no hoje porque o terreno do amanha é incerto demais para os planos e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Quando alguém que você ama se vai abre um buraco grande em seu coração, em sua alma e em sua vida, mas o mundo não para por conta disso. O sol continua a nascer, as flores continuam a cair e o fluxo de todas as coisas continuam a funcionar.
A vida segue, dolorosa, vazia e triste mas segue e talvez a morte seja uma grande lição para quem vive.
Eu não me despedi dessa pessoa tão especial que perdi, mas eu sei que a amei e a tratei com doçura e carinho todos os dias, então uma das lições que tiro é aquela mais clichê possível sobre amar as pessoas como se não houvesse amanha.
Mas a lição mais importante de todas para mim é sobre amar a vida, é se jogar nela de corpo e alma, é sentir cada momento como se fosse único, é deixar o trabalho e o sucesso de lado de vez em quando e curtir as pequenas coisas como se fossem grandes, é abraçar as pessoas com vontade, é se entregar profundamente e amar intensamente.
Pois como dizia minha amada Clarice Lispector: A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre.

Em homenagem a minha amada Tereza que doou sua vida para o próximo e que viveu com amor e entrega todos os segundos de sua existência.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Momentos

E nessas indas e vindas da vida algumas vezes perco o contato comigo mesma, na chata rotina e na intensa dedicação a todo dia fazer a mesma coisa no piloto automático me esqueço de pensar, de me encontrar.
Mas de vez em quando após ler um bom livro ou ver um bom filme consigo resgatar essa intensidade quase escondida ou presa la no fundinho de mim, e assim aconteceu depois de tanto tempo, consegui encontrar algo que me deixou em meu melhor estado, o estado reflexivo.
Foi após um filme que um tanto sem graça, com um discurso simples e com um foco no publico adolescente que me fez por um momento viver a emoção de entender o momento da felicidade.
O filme chama em português "SE EU FICAR".
Conta a historia de uma garota que sofreu um acidente e esta em coma, e após perceber fora do corpo que perdeu a família inteira no tal trágico acidente se vê indecisa a ficar ou partir. Draminha típico 14 anos, tem um garoto, claro, e a tentativa de conseguir entrar na melhor faculdade de Artes dos EUA. Basicamente essa é a historia, um tanto quanto bonitinha mas cansativa, porem em um dado momento lá para o final do filme, ela se lembra de um dia feliz em sua vida. E foi aí nesse momento que consegui sentir a verdadeira mensagem.
No filme estão todos em volta de uma fogueira tocando a musica do Smashing Pumpkins "Today", ela com seu violoncelo seu namorado com um violão e todos os outros(família e amigos) cantando.
E assim vendo e vivendo esse momento de felicidade em um filme comecei a pensar do que é feita nossa tediosa vida senão esses lindos momentos que nos completam. Já diziam os filósofos que vivemos em busca desses momentos, são eles que nos fazem aguentar todo o resto, todas as decepções, todas as monotonias diárias e todo o sofrimento dessa vida que mais nos caleja do que nos faz sorrir.
Eu ainda sinto então que tenho muitos momentos felizes, pois tenho uma vida regada de amigos, uma vida regada de amor, de família e de momentos maravilhosos com todos esses.
Tenho problemas sim mas mais ainda tenho gratidão a eles, pois me fazem crescer a cada dia e são eles que me levam de um momento feliz a outro.
Cada um encontra a felicidade em seu momento, e esse pode ser o momento que você quiser, e não importa se o mundo pensa o contrário, pois o momento é só seu.
Quero dividir sempre esses meus momentos porque para mim felicidade compartilhada é felicidade completa, felicidade dividida é felicidade além desse mundo, é na minha opinião aquela que levamos com a gente para o resto da vida e até depois dela.
Agradeço de coração a todos que fizeram, fazem ou farão parte dos meus momentos de felicidade.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Em mim

Passo tanto tempo trancada dentro de mim que esqueço muitas vezes de abrir a janela e olhar em volta.
Tenho um mundo aqui dentro e fico tanto tempo aqui, numa luta interna constante, querendo acertar sempre, controlar tudo sempre, ser melhor sempre. Não me admito errar, perder, ter falhas, chorar e ser humana. Sinto-me sozinha, perdida e infeliz.
Mas quando tiro uma folguinha e olho o mundo lá fora vejo que ele não é tão ruim assim, mesmo muitas vezes sendo judiada e massacrada, de vez em quando alguém resolve mandar um sinal de que as coisas podem melhorar, de que não estamos sozinhos.
E assim vou caminhando, caindo e levantando.
A cada dor e decepção um ganho de experiência.
Aprendi a viver alguns lutos, algumas perdas e algumas dores.
Aprendi mais uma vez a abrir mão, a desapegar a me libertar.
Estou me acostumando tanto a me machucar que já não sei se isso é bom ou ruim, não sei se irá me deixar dura de mais ou pessimista de mais.
O que sei é a cada minuto aprendo que posso suportar que posso ser mais forte, que posso ir além.
Não preciso de mais nada além de mim para a minha felicidade.
Porque toda a vez que coloco isso na mão do outro a carga fica pesada de mais e nem eu me agüento.
Porque toda vez que começo achar que alguém ouviu minhas preces. Parece que logo em seguida outro alguém vem me derrubar.
Mas essa luta em ser melhor é o que tem me feito levantar todos os dias da cama, mesmo nos dias de insônia... É saber que a vida não é feita só de tempestades, mas também dias de sol.
E o que eu não quero nunca é deixar de ser quem eu sou, porque enquanto só crio calos não faz mal, mas quando começo a perder minha essência isso dói.
Não quero deixar de amar e acreditar nas pessoas. Nem quero perder meu sorriso intenso.
Não quero deixar de ajudar quem quer que seja ou precise de mim, e não quero nunca generalizar, achar que todo mundo é igual.
Quero continuar com meu lema de prefiro me magoar a magoar alguém, quero continuar a me doar ao próximo, quero continuar a me resignar com a dor do outro e me entregar sem esperar nada em troca.
Então mesmo assim presa num mundo interno de insegurança e angustia.
Desejo infinitamente continuar a sorrir por fora, a engolir minhas dores e a amar incondicionalmente minha vida e as pessoas que conheço.




segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Eu me amo

Me amar, me admirar, gostar de quem eu sou de pacote completo com tudo o que carrego, tem sido muito difícil.Confesso que agora na meia idade é que estou aprendendo essa dolorosa mas ao mesmo tempo prazerosa lição.
Não se trata de ser egoísta, não se trata de pensar ser melhor que alguém. É um tratamento interno, um acolhimento de coração, de personalidade e de alma.
Tem que ter um equilíbrio, o tempo certo, a medida correta para não me perder em me amar de mais e daí chegar ao ponto absurdo do convencimento, ou me amar de menos e aí perder o tino para o rebaixamento total do ego.
Esse exercício levou tempo, o tempo de esvaziar muita bagagem, jogar fora culpas, medos, arrependimentos. Deixar de me comparar me desmerecer e me torturar. Ter prudência e admiração na dose exata, sem exageros e sem medos.
Hoje penso que isso talvez seja o que vem de bom no peso dos 30, na maturidade, no encarar a vida com mais leveza.
É um pouco triste porque para chegar ate aqui tive que deixar de acreditar em príncipe no cavalo branco e em “foram felizes para sempre”.
Mas aprendi a acreditar em plantar para se colher, em dedicação, doação e entrega.
Aprendi que algumas coisas machucam de verdade e que as cicatrizes nos endurecem, mas que o melhor da vida é ser surpreendido.
Uma dor aqui, um sorriso ali e de tanto a gente apanhar a vida para de doer, e de tanto sorrir começamos a acreditar.
E percebi que passei muito tempo sonhando com a vida que queria ter que nem percebi que ela é muita parecida com a que tenho. E como disse meu amado Shakespeare o terreno do amanha é incerto, então devemos construir nossas estradas no hoje.
Eu me amo com todos meus defeitos, cicatrizes, teimosias e vergonhas.
Eu me aceito com um cabelo loiro de mentira, um metabolismo de 32 anos, um nariz grande de italiana e um corpo depois de dois filhos. Me aceito com a personalidade maluca de geminiana, com todas minhas trapalhadas e com todos os absurdos que já cometi na minha impulsividade, mas também me amo assim com a alma de menina e a responsabilidade de muitos homens, me aceito na minha simpatia, na minha alegria e na facilidade que tenho de amar todo mundo.
Me amo pela complexibilidade, pela força, pela independência e pela facilidade que tenho em perdoar, mesmo com alguma imaturidade, mesmo com alguns tombos, mesmo com vontade de correr de vez em quando.
Vou deixando para trás o que já não me serve e compartilho aquilo que me sobra.
E assim escrevendo linha após linha que liberto minha alma para o mundo sem a vergonha de me expor, mas com a grande certeza que me aceito como sou sem medo de mudar e tentar me tornar cada vez mais um ser humano melhor.