Não é sempre que tenho o prazer de sentir o gosto amargo da raiva, mas quando sinto, ela quase me faz tocar o céu.
É que vivendo assim de sol a sol querendo ser correta, quando entro no embalo sinistro do surto da raiva é como se eu chegasse ao paraíso. Por um segundo entro em êxtase, é o curto gosto do fel.
Esse gosto permanece em minha boca por dias e mesmo quando me arrependo ainda posso lembrar-me daqueles segundos de prazer.
Uma dança sensual e vibrante e quando termina se torna vergonhosa e absurda. Mas ela me da um imenso prazer, um prazer fugaz.
Não é dela que vivo, mas dela vou de um momento a outro me fazendo ser quem eu sou.
E tentando ser a bondade em pessoa, consigo confessar que é da raiva que renasço que é da raiva que aprendo que é da raiva que mudo e pulo de um galho a outro.
E assim como a Fenix renasce das cinzas para uma nova vida, eu vivo a mesma vida tentando sentir raiva para me encontrar.
eu
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terça-feira, 27 de dezembro de 2011
escrever
Escrever para mim é um vicio, uma obsessão é quase uma compulsão!!
É toda minha expressão, minha forma de ser e de querer.
Como amar o abstrato, é ter a paixão pelo inexistente e quanto mais escrevo mais me conheço mais me identifico mais me sinto.
Vou sentindo a mim mesma e toda minha força, toda a razão efêmera, que transita entre o tudo e o nada.
E a cada palavra escuto o coro dos anjos no céu, e a cada frase posso até ver meu coração se contorcer dentro do meu peito.
E aí então vou percorrendo todo esse espaço vazio entre meu ser e minha vida, vou criando a plataforma estagnada onde preciso me apoiar.
E só assim vou encontrando meu significado, minha identidade.
Mesmo que ninguém me entenda, basta me sentir, assim como as palavras.
É toda minha expressão, minha forma de ser e de querer.
Como amar o abstrato, é ter a paixão pelo inexistente e quanto mais escrevo mais me conheço mais me identifico mais me sinto.
Vou sentindo a mim mesma e toda minha força, toda a razão efêmera, que transita entre o tudo e o nada.
E a cada palavra escuto o coro dos anjos no céu, e a cada frase posso até ver meu coração se contorcer dentro do meu peito.
E aí então vou percorrendo todo esse espaço vazio entre meu ser e minha vida, vou criando a plataforma estagnada onde preciso me apoiar.
E só assim vou encontrando meu significado, minha identidade.
Mesmo que ninguém me entenda, basta me sentir, assim como as palavras.
domingo, 25 de dezembro de 2011
Meu eu
Por trás do meu sorriso já nem sei mais quem eu sou, me reinvento varias vezes e fico buscando em mim aquele eu que já se sentiu de verdade um dia.
Eu me perco e me acho no compasso do meu coração, me busco e nem quero me encontrar.
Já nem sei o que gosto, o que amo e o quero com certeza, mas sinto e respiro a vida como ela se mostra pra mim.
Assusto-me, mas não tenho mais medo e quando o tenho fico feliz porque o medo me faz amar mais a vida.
Não acredito em tantas coisas que tinha certeza e coisas que não tinha certeza nenhuma hoje posso até acreditar.
Minha alma busca incansavelmente aventura e liberdade, mas meu corpo quer ficar onde esta aqui no mesmo lugar preocupado em não se achar.
E cada vez que me analiso choro as lagrimas da derrota e cada vez que me olho tenho orgulho do que me tornei.
Apesar de não saber quem sou sei bem onde estou e onde quero permanecer.
E mesmo não sabendo o que quero pra mim hoje, eu quase sei o que quero pra continuar a viver.
Sinto a incansável vontade de amar…
Eu me perco e me acho no compasso do meu coração, me busco e nem quero me encontrar.
Já nem sei o que gosto, o que amo e o quero com certeza, mas sinto e respiro a vida como ela se mostra pra mim.
Assusto-me, mas não tenho mais medo e quando o tenho fico feliz porque o medo me faz amar mais a vida.
Não acredito em tantas coisas que tinha certeza e coisas que não tinha certeza nenhuma hoje posso até acreditar.
Minha alma busca incansavelmente aventura e liberdade, mas meu corpo quer ficar onde esta aqui no mesmo lugar preocupado em não se achar.
E cada vez que me analiso choro as lagrimas da derrota e cada vez que me olho tenho orgulho do que me tornei.
Apesar de não saber quem sou sei bem onde estou e onde quero permanecer.
E mesmo não sabendo o que quero pra mim hoje, eu quase sei o que quero pra continuar a viver.
Sinto a incansável vontade de amar…
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Brasil mostra sua cara!!!
Sei que a maioria das pessoas não vão entender, mas essa é a minha opinião, eu utilizo a minha liberdade de expressão para dizer o que eu quero.
Há tempos que sempre uso uma mesma frase no âmbito familiar e no meu núcleo de amizade, e devo admitir que a maioria não gosta.
Eu definitivamente amo o Brasil, mas tenho vergonha de ser brasileira.
Esse país é lindo, do Oiapoque ao Chuí, país rico de terras férteis onde tudo que se planta colhe, país de paisagem inigualável, clima perfeito e fartura de tudo que é bom.
Mas esse povo que quer ganhar vantagem em cima de tudo, que é mal educado que vai as ruas pra tanta coisa, mas abandona elas quando é necessário,esse povo que é tão preconceituoso e se esconde em baixo de bandeiras contra a violência, homofobia e tantas outras coisas e é no fundo uma maneira velada da hipocrisia e do fingir ser um povo que não é…
Desse povo que tenho vergonha, dessa sociedade que não aceita diferenças e esquece que o que deveria ser rejeitado como a bandidagem descabida dessa política, é deixada pra trás de lado e de vendas nos olhos como a imagem da nossa linda justiça.
Justiça para quem tem dinheiro, justiça para quem é publico e injustiça para quem rala pra ganhar o pão de cada dia.
Eu sinceramente não acredito em policia pacificadora, invasão de favelas e todas essas coisas bonitinhas que a mídia vem festejando no show do horário de pico.
Acredito sim em jogo político pra copa do mundo, jogo político pra falcatruas, bandidagem e trafico.
Sou um a brasileira envergonhada, enojada que esta cansada de ver gente matando por comida, gente morrendo por bebida, gente sendo agredida por sua opção sexual e saber que tem um bando de engravatados pouco se lixando pra td isso e ainda inventando lei de proibir garupa em moto pra acabar a violência.
Acho isso ridiculo, aquele pai que tem como seu único meio de transporte a moto para trabalhar, levar sua mulher ao trabalho e buscar seu filho na escola, talvez não possa mais fazer isso.
E por quê??? Porque nosso país paga mal a policia, nosso país financia o trafico de armas, nosso país tem políticos que não sabem nem ler e escrever e daí a se preocupar com educação fica difícil quando vc nem sabe o que ela é.
Tenho vergonha sim, desse povo que fica calado, desse povo que discrimina por geografia, que se senti melhor porque em algumas vezes nasceu em um Estado favorável economicamente e não sabe nem o que é miscigenação.
Enfim eu queria muito viver aqui nesse país, mas queria muito mais vê-lo crescer e evoluir, queria muito mais acreditar porque essa palavra “acreditar” eu quase já nem sei o que significa.
Há tempos que sempre uso uma mesma frase no âmbito familiar e no meu núcleo de amizade, e devo admitir que a maioria não gosta.
Eu definitivamente amo o Brasil, mas tenho vergonha de ser brasileira.
Esse país é lindo, do Oiapoque ao Chuí, país rico de terras férteis onde tudo que se planta colhe, país de paisagem inigualável, clima perfeito e fartura de tudo que é bom.
Mas esse povo que quer ganhar vantagem em cima de tudo, que é mal educado que vai as ruas pra tanta coisa, mas abandona elas quando é necessário,esse povo que é tão preconceituoso e se esconde em baixo de bandeiras contra a violência, homofobia e tantas outras coisas e é no fundo uma maneira velada da hipocrisia e do fingir ser um povo que não é…
Desse povo que tenho vergonha, dessa sociedade que não aceita diferenças e esquece que o que deveria ser rejeitado como a bandidagem descabida dessa política, é deixada pra trás de lado e de vendas nos olhos como a imagem da nossa linda justiça.
Justiça para quem tem dinheiro, justiça para quem é publico e injustiça para quem rala pra ganhar o pão de cada dia.
Eu sinceramente não acredito em policia pacificadora, invasão de favelas e todas essas coisas bonitinhas que a mídia vem festejando no show do horário de pico.
Acredito sim em jogo político pra copa do mundo, jogo político pra falcatruas, bandidagem e trafico.
Sou um a brasileira envergonhada, enojada que esta cansada de ver gente matando por comida, gente morrendo por bebida, gente sendo agredida por sua opção sexual e saber que tem um bando de engravatados pouco se lixando pra td isso e ainda inventando lei de proibir garupa em moto pra acabar a violência.
Acho isso ridiculo, aquele pai que tem como seu único meio de transporte a moto para trabalhar, levar sua mulher ao trabalho e buscar seu filho na escola, talvez não possa mais fazer isso.
E por quê??? Porque nosso país paga mal a policia, nosso país financia o trafico de armas, nosso país tem políticos que não sabem nem ler e escrever e daí a se preocupar com educação fica difícil quando vc nem sabe o que ela é.
Tenho vergonha sim, desse povo que fica calado, desse povo que discrimina por geografia, que se senti melhor porque em algumas vezes nasceu em um Estado favorável economicamente e não sabe nem o que é miscigenação.
Enfim eu queria muito viver aqui nesse país, mas queria muito mais vê-lo crescer e evoluir, queria muito mais acreditar porque essa palavra “acreditar” eu quase já nem sei o que significa.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
chuva...
Hoje enquanto estava no transito vi uma criança que andava na rua com seu guarda-chuva brincando, ela pulava e tombava aquilo que seria seu objeto protetor da água para que a chuva caísse sobre sua cabeça.
Eu estava também ali no mesmo lugar, parada e reclamando, mas aquela criança conseguia aproveitar o mesmo momento para brincar e sorrir.
Nostalgia foi esse meu sentimento quando a vi, porque enquanto ela pulava e sorria eu me mantinha carrancuda com os vidros fechados, reclamando da água e da quantidade inenarrável de carros espalhados por essa cidade.
Queria resgatar esse momento em mim, o momento em que consigo resgatar as coisas simples da vida, que consigo brincar na chuva sem me preocupar com o cabelo molhado, a gripe que posso pegar, a hora que devo chegar ou a sujeira da água poluída. Simplesmente fechar os olhos e pular na chuva, beber água das calhas, chutar a correnteza na calçada.
Há tempos que não me deixo levar pelo momento, há tempos que racionalizo tudo, que ajo pelo correto e pelo que deve ser feito.
Queria agir pelo menos uma vez pelo mal feito, pelo inacabado, quero agir como criança que não pensa que faz, e sorri e é feliz!!
Sem caso pensado, sem hora para acabar, só eu e a chuva e meus pensamentos. Meus pés na água, minha cabeça molhada e a força da minha criança interior…
Eu estava também ali no mesmo lugar, parada e reclamando, mas aquela criança conseguia aproveitar o mesmo momento para brincar e sorrir.
Nostalgia foi esse meu sentimento quando a vi, porque enquanto ela pulava e sorria eu me mantinha carrancuda com os vidros fechados, reclamando da água e da quantidade inenarrável de carros espalhados por essa cidade.
Queria resgatar esse momento em mim, o momento em que consigo resgatar as coisas simples da vida, que consigo brincar na chuva sem me preocupar com o cabelo molhado, a gripe que posso pegar, a hora que devo chegar ou a sujeira da água poluída. Simplesmente fechar os olhos e pular na chuva, beber água das calhas, chutar a correnteza na calçada.
Há tempos que não me deixo levar pelo momento, há tempos que racionalizo tudo, que ajo pelo correto e pelo que deve ser feito.
Queria agir pelo menos uma vez pelo mal feito, pelo inacabado, quero agir como criança que não pensa que faz, e sorri e é feliz!!
Sem caso pensado, sem hora para acabar, só eu e a chuva e meus pensamentos. Meus pés na água, minha cabeça molhada e a força da minha criança interior…
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Há Momentos
Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
Clarice Lispector
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
Clarice Lispector
Minha Clarice
Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.
Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."
Clarice Lispector
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.
Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."
Clarice Lispector
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