Hoje eu fui a um abrigo com uma amiga, e levei minha filha.
Sabe esses abrigos do governo onde são levadas as crianças de rua, ou que um juíz tirou dos pais ou uma assistente social encaminhou.
O lugar era limpo, organizado e bem apresentável, mas mesmo tendo o que comer, vestir ou brincar, não é um lar, não é uma casa com uma família, não é a vida correta de uma criança.
Lá haviam crianças de todas as idades, os bebês fofos gostavam de um colinho mas não assimilam e nem ligam para nada, em contra partida as crianças maiores e os adolescentes nos rodiavam. Eles queriam contar tudo sobre a vida deles como que num desabafo, eles mexiam em nossoas cabelos principalmente as meninas e também colocavam nossos oculos de sol, e perguntavam muito sobre nossas vidas. Acho que essas perguntas eram para elas como que por um segundo se imaginar nessa vida tão distante e diferente da delas, era como visualizar um conto de fadas pela qual elas se sentem tão distante.
Como dói ver crianças abandonadas, sem pai, sem mãe, sem amor e sem atenção exclusiva.
Como dói saber que enquanto meus filhos tem tudo sem ao menos ser cuidadosos outras crianças não tem nada.
A pior parte foi na hora de ir embora, elas imploraram para agente voltar com olhares desesperados, uma garotinha da idade de meu filho me agarrou e disse: Tia me leva com você por favor!!!!!!
Eu queria levar todas e dar uma vida digna de criança para todas mas quantas ainda estariam por aí.
Sei que cada um passa pelo que tem que passar, mas como explicar isso para um ser tão puro e inocente que pouco a pouco vai perdendo essa inocencia para o mundo, esse mundo podre e vazio de afeto para pequenos tão sofridos.
Tentei dar o maximo de mim e todo o carinho que eu podia, pois sei que não é só de valores materias que se faz caridade e sim dar e doar amor.
E levei a minha filhota para brincar com todos eles e assim aprender desde pequena a agradecer pelo que tem e saber doar até o que não tem para seu próximo.
Obrigada Senhor por me dar a oportunidade de conhecer crianças tão maravilhosas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário