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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

caminho

Recebi um e-mail uma vez que dizia: Não inveje as pessoas pois você não sabe qual caminho ela trilhou para estar aonde está.
Eu sei o caminho que eu trilhei, o caminho da honestidade, o caminho do respeito ao próximo, o caminho do amor e da sinceridade. E sei que esse caminho me trouxe até aqui, e estou muito bem onde estou.
Trabalhei semana passada na campanha do sonho, acordei de madrugada e me esforcei muito, mas é muito bom para mim saber que posso fazer algo para o próximo sem esperar nenhuma recompensa por isso, apenas por um mundo melhor. Eu acredito nas pessoas, acredito que unidos podemos mudar o mundo, e obtive muita ajuda de pessoas que acreditam como eu.
Quando eu era adolescente, era muito depressiva e as vezes tinha vontade de sumir no mundo, eu não ligava para o que ninguem pensava de mim e também nao julgava as pessoas eu só era inconformada com injustiças e sentia que eu não era desse mundo, sempre dizia a minha mãe que não gostava nem de ser de carne, pois carne apodrece e era isso que estava acontecendo com o ser humano, ele estava apodrecendo.
Quando eu fiquei gravida aos 16 anos, mudei minha vida como se a gravidez desse sentido a ela, fiquei tão feliz e tao responsavel que nem tive tempo de chorar, entao comecei a fazer parte do sistema, a ser uma pessoa comum, alguem que fala mal dos outros, que julga, e que adora tanto ser de carne que tem até medo de morrer. Mas também parei só de reclamar e ir a luta, arregassar as mangas e tentar mudar o mundo, começando com o proximo mais proximo.
Eu recebo as pessoas toda sexta-feira no Centro Comunitario de coraçao aberto acreditando no problema delas, e tentando ajudar com um pacote de arroz, uma palavra, um sorriso, e o maior presente que ganho é sempre ouvir dessas pessoas que a noite elas rezam por mim.
Eu não rezo por elas todos os dias, eu deito na minha cama king size com meu edredom de percal e nao lembro muitas vezes nem de agradecer por ter uma cama, uma casa, uma vida boa. Mas aquela pessoa sem comida, sem afeto e sem respeito de ninguém se lembra de rezar por mim.
É aí nesse ponto que refaço meus conceitos, é aí que penso quem eu sou e quem estou me tornando, é aí que olho para o céu e me desculpo por estar sendo tão egoísta.
Esse é o caminho que estou tentando trilhar e quando chegar lá, Ele sabe que eu tentei, Ele sabe que me esforcei, mas Ele também sabe onde errei.

2 comentários:

  1. Gê...são nesses momentos que a gente cresce e começa a enchergar as sutilezas do mundo e a complexidade estonteante do ser humano, pois muitos ferem, mas muitos outros curam as feridas, por isso que eu acredito no que faço e saio satisfeita, mesmo que muitas vezes eu saia sem um puto no bolso...assim feliz...bjs pessoa linda...

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  2. Anja, realmente a maternidade nos muda muito... Me lembro perfeitamente da sua mudança, se não tivesse engravidado, nem amigas seríamos!!! O nosso Ví nos uniu com sua chegada e nos unirá para sempre! Amo todos vcs!!! Beijossssssssss

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