eu

eu

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Eu me amo

Me amar, me admirar, gostar de quem eu sou de pacote completo com tudo o que carrego, tem sido muito difícil.Confesso que agora na meia idade é que estou aprendendo essa dolorosa mas ao mesmo tempo prazerosa lição.
Não se trata de ser egoísta, não se trata de pensar ser melhor que alguém. É um tratamento interno, um acolhimento de coração, de personalidade e de alma.
Tem que ter um equilíbrio, o tempo certo, a medida correta para não me perder em me amar de mais e daí chegar ao ponto absurdo do convencimento, ou me amar de menos e aí perder o tino para o rebaixamento total do ego.
Esse exercício levou tempo, o tempo de esvaziar muita bagagem, jogar fora culpas, medos, arrependimentos. Deixar de me comparar me desmerecer e me torturar. Ter prudência e admiração na dose exata, sem exageros e sem medos.
Hoje penso que isso talvez seja o que vem de bom no peso dos 30, na maturidade, no encarar a vida com mais leveza.
É um pouco triste porque para chegar ate aqui tive que deixar de acreditar em príncipe no cavalo branco e em “foram felizes para sempre”.
Mas aprendi a acreditar em plantar para se colher, em dedicação, doação e entrega.
Aprendi que algumas coisas machucam de verdade e que as cicatrizes nos endurecem, mas que o melhor da vida é ser surpreendido.
Uma dor aqui, um sorriso ali e de tanto a gente apanhar a vida para de doer, e de tanto sorrir começamos a acreditar.
E percebi que passei muito tempo sonhando com a vida que queria ter que nem percebi que ela é muita parecida com a que tenho. E como disse meu amado Shakespeare o terreno do amanha é incerto, então devemos construir nossas estradas no hoje.
Eu me amo com todos meus defeitos, cicatrizes, teimosias e vergonhas.
Eu me aceito com um cabelo loiro de mentira, um metabolismo de 32 anos, um nariz grande de italiana e um corpo depois de dois filhos. Me aceito com a personalidade maluca de geminiana, com todas minhas trapalhadas e com todos os absurdos que já cometi na minha impulsividade, mas também me amo assim com a alma de menina e a responsabilidade de muitos homens, me aceito na minha simpatia, na minha alegria e na facilidade que tenho de amar todo mundo.
Me amo pela complexibilidade, pela força, pela independência e pela facilidade que tenho em perdoar, mesmo com alguma imaturidade, mesmo com alguns tombos, mesmo com vontade de correr de vez em quando.
Vou deixando para trás o que já não me serve e compartilho aquilo que me sobra.
E assim escrevendo linha após linha que liberto minha alma para o mundo sem a vergonha de me expor, mas com a grande certeza que me aceito como sou sem medo de mudar e tentar me tornar cada vez mais um ser humano melhor.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Essa tal felicidade

Sabe aquela tão sonhada felicidade ?
Demorou um tempo mas acho que hoje eu descobri que ela existe dentro de mim.
A maioria das pessoas passam a vida em busca dessa felicidade e por muitas vezes tem o costume de colocar a dependência dela em coisas, pessoas ou situações.
A pouco fiquei sabendo que ela nunca será completa e muito menos eterna. Felicidade completa não existe porque o sofrimento é inerente a vida humana.
Mas ser alegre, de bem com a vida e se sentir feliz mesmo nos momentos difíceis é uma maneira de ser grato a nossa existência.
Eu não quero depender de nada grandioso para ser feliz, quero ser por si só e ponto.
Tenho uma prima que diz que para ser feliz ela se apega até em uma lapiseira nova, sabe para dar empolgação, motivação e impulso na sua vida.
Eu descobri lapiseiras dentro de mim, e vou colecionando elas pouco a pouco.
De manha agradeço mais um dia de vida e ao sol, a minha saúde e o poder trabalhar.
Quando vejo alguém mal humorado agradeço meu senso de humor, e quando percebo os mal educados sinto gratidão pela minha educação. Essas são importantes lapiseiras.
E assim com pequenas coisas vou encontrando a felicidade, num sorvete ou um capuchino, no sorriso de um estranho ou na gargalhada de uma criança. Em montanha-russa, som alto do carro numa musica que gosto, um mojito num dia quente, dormir com a janela aberta, segurar um bebe no colo, banho de chuva, sexo bom, se achar linda um dia e no outro horrível e mesmo assim me amar.
Encontro lapiseiras num almoço com as amigas, numa piada no meio do trabalho ou numa taça de vinho em um fim de noite. Em ler um bom livro, assistir um bom filme e principalmente escrever.
Às vezes vejo lapiseiras onde menos espero, pode ser num telefonema ou um elogio, até em uma critica que ajude a me fazer crescer.
E assim eu vou de lapiseiras em lapiseiras construindo a minha felicidade. Porque ela não esta na futilidade, no material, nem em relacionamentos.
Ela é um estado de espírito, uma sensação de alma de dentro pra fora que alguns vão passar a vida sem poder sentir.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Ser mulher

Não quero levantar nenhuma bandeira feminista mas a cada dia me deparo com o fato do quanto é difícil ser mulher.
Por varias vezes tenho escutado frases de homens dizendo que estamos tentando,(e é assim no gerundio mesmo por ser uma constante) nos igualar a eles. Mas tenho uma grande duvida, não somos iguais??
Que o mundo é totalmente machista estamos cansados de saber porem as coisas mudaram e estão mudando, nós já queimamos sutiãs, nós já assumimos presidência e nós queremos os mesmos lugares sim.
Sinto na minha pele todos os dias o quanto é difícil e complicado ter uma posição profissional sem ser taxada por algum motivo, porque mulher não tem capacidade de chegar a lugar algum, não sem algum homem, no meu caso por exemplo sou julgada por nepotismo. Mas o que tem mais me irritado mesmo é o fato do preconceito a liberdade sexual da mulher, há alguns séculos atrás e em algumas culturas até hoje a mulher não pode nem sentir prazer, e isso em minha opinião é o auge do machismo. Privar o prazer e a sensualidade da mulher simplismente para diminui-la e domina-la é a maior ignorancia do mundo, o fato de deduzir que mulher deve ser mãe e ponto, nao serve para dirigir e ponto e só serve para dar prazer e ponto é uma ignorancia sem tamanho, e o pior de todos os preconceitos. Somos iguais, todos seres humanos, apenas não temos pênis e olha que nem sentimos falta dele assim como os homens pensam.
Nos só queremos os mesmos direitos os mesmos salários e menos julgamento. Desde que me conheço por gente homem sempre pôde sair com quem quisesse a hora que quisesse e fazer o que quisesse, mas a mulher quando faz isso ganha uma tarja preta daquelas vista a distância.
Não acho mesmo que devemos ser promiscuas até porque a maioria das mulheres ainda sonham em casar, em ter uma companhia e acreditam em amor eterno. O que acho é que devemos ser vistas como iguais simples assim. Mulher também quer sentir prazer, mulher também sente desejo, mulher também gosta de sair com as amigas e jogar conversa fora. Mulher pode ser chefe, pode tomar decisões e na maioria das vezes consegue fazer tudo ao mesmo tempo. Não somos melhores, piores e nem diferentes somos simplesmente humanas.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Vício

Definitivamente eu acredito que a gente se vicia.
Porque nosso corpo e alma são tão decadentes que se viciam a tudo nesse mundo, é só observar a nossa volta, todo mundo tem um vicio. Não estou falando só de cigarros, bebidas e cocaína, falo também de vícios de sentimento. Conheço pessoas que são viciadas em uma relação mesmo que destrutiva, outras viciadas em dar escândalo e ainda carregam a bandeira “luto pelos meus direitos”, como se isso fosse desculpa para destratar alguém. Conheço pessoas que são viciadas em ser a vitima do mundo e de tudo, e outras viciadas a se sentirem melhores e assim achar que podem humilhar o próximo. É um vicio doentio porem muito comum.
Conheço pessoas viciadas a viver de aparência e outras a competir, não importa se é num jogo de baralho ou no dia a dia mesmo, competindo até com a melhor amiga o parceiro de trabalho e com elas mesmas. Eu admito, sou viciada em me autodestruir, viciada a me diminuir e achar sempre que sou inferior em tudo. Mas acredito que para tratar um vicio da alma o primeiro passo é admitir e reprogramar, é acreditar que podemos, é pensar grande e é querer a mudança.
Então assim como um viciado em drogas vive um dia de cada vez, vou tentar viver uma hora de cada vez, pensando o quanto sou digna de ser feliz, de ser amada e assim amar tudo a minha volta. Porque quando a gente muda o mundo se transforma... O meu AA é FN... Felizes e notados...

terça-feira, 21 de maio de 2013

Voltando a digitar

O que me resta senão voltar a escrever, porque escrevendo vou me conhecendo e aprendendo a me entender. São tantas possibilidades de vida, e eu continuo presa em meu mundo obscuro. E em incontáveis dias perco o sono e a vontade de seguir... Me perco então em um esteriótipo e depois cobro uma grande relação,cobro minha maternidade e cobro do mundo atenção. De melancólica a sorridente vou seguindo meus dias e de tanto tentar me entender deixo de compreender os leques de grandes possibilidades. Volto agora a rabiscar, digitar ou esboçar um sinal da alma porque só assim meus dias se tornam menos cansativos e menos redundantes. E a cada dia mais tenho a certeza do quanto é difícil ser mulher.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Ano Novo

E é isso enfim mais um ano que começa e com ele novas esperanças e sonhos. A gente põe todas as expectativas no novo, no ano novo. Toda vez é assim, vemos os fogos com o coração apertado e acreditando que esse ano vamos fazer aquela dieta, ir para academia e ficar saudável. Prometemos para nós mesmos que vamos ler mais e terminar aquele curso de inglês ou de qualquer outra coisa que começamos no ano passado ou retrasado. Começar a pós-graduação, ter um filho, plantar uma arvore ou escrever um livro. Mas aí sem nos darmos conta vamos caindo na mesmice e o ano novo vai deixando de ser novo aos poucos. Mais uma vez vamos colocando nossos sonhos para o ano que vem. Alguns conseguem mudar afinal mas outros vão se acomodando com o tempo que ainda tem pela frente sem saber se ele é tão certo assim. Nesse ano não vou colocar expectativa nenhuma porque eu já sei que vai chover naquele dia que eu programei tomar sol, que vai estar o maior transito naquele dia que não posso chegar atrasada e sei também que vou engordar mais do que eu queria e comer mais do que devia. Esse ano também vou me decepcionar e errar, vou brigar com quem não merecia e até me magoar, vou perder a hora, vou ter noites de insônia e vou sentir frio porque esqueci o casaco e não sabia que ia esfriar. E mesmo sabendo de todas as negatividades que nesse ano podem me ocorrer eu ainda sim pulo as sete ondinhas e como minha romã, porque acreditem ou não eu posso prever o futuro e o que sei é que vou dar muitas gargalhadas com aquela minha amiga que sempre solta uma piada quando menos espero. Vou me emocionar com meu presente de dia das mães e vou fazer aniversario e então ganhar presentes e melhor ainda presenças. Sei também que nesse ano estarei mais vivida com mais experiências e vou errar bem menos do que no ano passado, vou ter um dia de porre, um dia de dançar e um dia de preguiça só com filmes e pipocas enrolada no cobertor. Vou trabalhar mais, cantar mais, sorrir mais e amar muito, mas muito mais. Porque esse ano vou viver intensamente, e se acaso algo não acontecer eu deixo tudo isso para o ano que vem... Aos meus amigos FELIZ ANO NOVO!!!